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Por Debora Ivanov

Completando 70 anos, a Berlinale, Berlin International Film Festival, organizou uma extensa agenda para abordar a diversidade na produção audiovisual. Na pauta, relações de trabalho, composição dos júris, acesso a recursos públicos, personagens femininos nos roteiros, pesquisas recentes, movimentos da sociedade civil e metas para os próximos anos.

Estive lá a convite do ProQuote Film, organização não-governamental alemã, que reuniu mais de 70 lideranças femininas de diversas partes do mundo. Pude conhecer mais de perto diversas iniciativas que estão fazendo a diferença.

No campo das políticas públicas, a Suécia já consolidou a paridade de gênero na destinação dos recursos do Swedish Film Institute. A França em 2019 aprovou um acréscimo de até 15% no financiamento do CNC – Centre National du Cinéma et de l’image Animée para filmes que apresentam equipes mais femininas. O Reino Unido elaborou indutores de diversidade para a destinação de recursos do British Film Institute e fora gradativa. O Canadá segue no mesmo caminho na destinação de recursos da Telefilm Canada.

No encontro também pude conhecer diferentes organizações da sociedade civil e suas ações para impulsionar mudanças. Passamos a nos conectar com uma rede internacional de colaboração para o enfrentamento da desigualdade na nossa indústria, o que nos torna mais fortes, em especial diante da crise que o Brasil atravessa nas políticas públicas para o desenvolvimento da produção nacional independente.

Debora Ivanov
Advogada e produtora, foi sócia da produtora Gullane, diretora executiva do Sindicato da Indústria do Audiovisual do Estado de São Paulo, diretora da Agência Nacional de Cinema e é uma das fundadoras do +Mulheres.

 

 

 

 

 

 

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